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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

JUVENTUS VENCE O GREMIO POR 1 X 0 E DECIDE VAGA CONTRA O PALMEIRAS



Mais um jogo decisivo na Copa dos Campeões foi realizado nesse domingo 12/02. O Juventus de Cerro Corá e o Grêmio de Tenente Laurentino jogavam pela recuperação (os dois tinham perdido na 1ª rodada).

No primeiro tempo o Grêmio foi bem melhor, mas não soube reverter em gols a sua superioridade. Já o Juventus, que não se encontrou no 1º tempo, fez algumas substituições no intervalo e cresceu na 2ª etapa. Com a entrada do meia armador Alcivan no lugar de Railton, e do volante Edivaldo no lugar de Naldinho , o time do Juventus ficou mais veloz e com boa mobilidade no meio de campo.

Aos 20 minutos do 2º tempo o treinador Gilmar fez mais duas alterações, colocando os atacantes Sandrinho e Ronaldo. E foi o próprio Sandrinho que, aos 25 minutos, fez o gol da vitória do Juventus.

Classificação.

Só o Grêmio está fora pela briga. Ficou pra última rodada, a disputa pelas duas vagas. No sábado, 25/02, teremos Grêmio x Potengi, cabendo ao representante de São Tomé um simples empate para garantir a sua classificação.

Já no domingo, 26/02, Palmeiras de Lagoa Nova e Juventus de Cerro Corá vão travar uma batalha pela outra vaga. O Palmeiras com 4 pontos joga pelo empate, já que o Juventus ocupa a 3ª colocação com 3 pontos.

OBS.: Em nome de Gilmar, agradeço ao povo de Cerro Corá pelo apoio ao Juventus, time que está representando a nossa Cidade. A presença de vocês foi muito importante. E, mais uma vez, todos estão convocados para a próxima partida do Juventus, que irá decidir uma vaga para a final.

PRÁ CIMA DELES JUVENTUS !!!


 Juventus vence o Grêmio com a força do Banco
 O Grêmio teve um bom começo de jogo, mas caiu com a força do Juventus


Fonte: http://www.atletismonopodio.blogspot.com/

Com anotações de Charles Brown



Novas ações do Brasil Sem Miséria miram famílias em extrema pobreza

favela
Entre as metas está o mapeamento de famílias que muitas vezes vivem lugares bastante isolados

Lançado em junho de 2011, o programa Brasil Sem Miséria já localizou quase 490 mil famílias com renda per capita abaixo de R$ 70. Mas o número ainda é uma parcela pequena das 16,2 milhões de pessoas que, segundo o Censo 2010, vivem em nível de pobreza extrema.

O plano do governo da presidenta Dilma Rousseff prevê ações em diversas frentes além da transferência de renda para beneficiar pessoas que vivem com menos de R$ 70 por mês, buscando aumentar oferta de emprego, a capacitação e o acesso a serviços públicos como saúde, educação e saneamento.

Mas o primeiro grande desafio é chegar a essas famílias que vivem em extrema pobreza no país, um trabalho artesanal que vem sendo realizado por equipes volantes que precisam ir a lugares muitas vezes isolados, cujos moradores nem sempre procuram assistência.

– É preciso realizar a busca ativa para determinadas populações, porque muitos grupos simplesmente não vão atrás do cadastro, como as populações quilombolas e ribeirinhas– diz a assistente social Claudina Barbosa Lima, gerente de transferência de renda da Secretaria de Assistência Social (Sasc) do Piauí.
Uma das primeiras metas do plano é mapear, até o fim de 2013, 800 mil famílias que vivem com este patamar de renda, das quais mais da metade já foram localizadas. Fazer o cadastro para que elas passem a contar com Bolsa Família é a primeira providência do plano, afirma o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Rômulo Paes.

Mas o plano abrange outras 126 ações além do programa de transferência de renda, explica Paes.
Plano customizado
– É preciso que essas pessoas tenham a oportunidade de vivenciar o bônus da emergência econômica no Brasil– afirma Paes à BBC Brasil. “Para, isso o estado faz uma opção de focar nas pessoas que estão na base da pirâmide e de apresentar um conjunto de alternativas customizadas para suas vidas, de acordo com os ambientes onde vivem.”

De acordo com Paes, os programas listados no escopo do Brasil Sem Miséria - alguns preexistentes, outros criados para o plano – serão adotados de acordo com as necessidades de cada região.
Em áreas rurais, por exemplo, podem ser aplicados programas de assessoramento técnico agrícola, fomento para a agricultura familiar, incentivos para famílias que promovam a conservação ambiental (Bolsa Verde) e combate ao trabalho infantil; em áreas urbanas, o foco são ações de assistência social, diz Paes.

Segundo o secretário-executivo do MDS, o sucesso do Brasil Sem Miséria depende da parceria com estados e municípios, a quem cabe o trabalho junto às populações localizadas.
– O governo federal depende de parceiros mais próximos da população beneficiária, então é importante que estados e municípios sejam partícipes. O bom funcionamento depende disso– diz Paes.

piaui
Em cidades com Assunção do Piauí, renda do Bolsa Família pode não ser suficiente para tirar as pessoas da situação de extrema pobreza

Longo prazo
Mas não há uma fórmula matemática para precisar o tempo que o plano vai levar para produzir efeitos. Ele é mais difícil de quantificar do que o Bolsa Família, que foi lançado em outubro de 2003 e em três anos já tinha chegado a 11 milhões de pessoas.
– Em nosso caso, estamos partindo de vários programas. A expectativa é que até o fim deste ano eles (os programas) estejam funcionando de maneira integrada em varias regiões do país. Mas obviamente temos maior capacidade de articulação desses servicos nas áreas urbanas (do que nas rurais)– afirma.

A aplicação local das ações do Brasil Sem Miséria se dá pela por parcerias com órgãos locais e por pactos firmados entre o governo federal e os estados.

No Piauí, por exemplo, foi lançado no início deste mês o programa Mais Viver. De acordo com o coordenador, Cezar Fortes, trata-se de uma versão local do Brasil Sem Miséria para articular as ações do governo federal com atores locais e complementá-las com outras iniciativas regionais.

De acordo com a Sasc do Piauí, que tem pouco mais de 3 milhões de habitantes, 660 mil pessoas vivem abaixo da linha de pobreza (a faixa de renda de até R$ 70).
Fortes afirma que o problema não é tanto localizar novas famílias e ampliar o número de contemplados pela transferência de renda. Segundo ele, o estado já chegou ao seu “teto” no Bolsa Família, com 444 mil famílias recebendo o benefício.

A necessidade, agora, é diversificar as ações para aquelas com menor renda e refinar o cadastro para ter certeza que as pessoas que mais precisam estão sendo beneficiadas.
– Há pessoas que mesmo recebendo o Bolsa Família continuam na linha de extrema miséria– afirma. “O valor médio do Bolsa Família no Piauí é de R$ 120. Em metade dos casos, não é o suficiente para tirar as pessoas da situação de extrema pobreza.”

Assunção do Piauí
É o que se vê em Assunção do Piauí, cidade que tem a menor renda per capita no estado (R$ 137) e onde 46% da população está na faixa do Brasil Sem Miséria, recebendo até R$ 70 por mês.
Não há opções de emprego na cidade, e a tradição de trabalhar na roça, cultivando feijão, tem dado pouco dinheiro à população, que fica à mercê das chuvas esparsas do semiárido e vem sofrendo com uma sucessão de colheitas ruins.

Nas casas visitadas pela BBC Brasil, a única renda fixa é o Bolsa Família, não raro dividido por muitas bocas. Da população de 7.500 habitantes, 1.446 famílias recebem o Bolsa Família. Outras estão na fila de espera porque cidade já chegou à cota estabelecida pelo MDS.

Mas a situação está melhor do que três anos atrás, afirma a assistente social Ana Alaídes Soares Câmara, do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade. Ponta de lança das ações sociais voltadas para a população, o Cras foi implantado em 2009 e regularizou o acesso ao Bolsa Família.
Antes disso, o cadastro para o benefício era irregular, e os moradores eram contempladas ou não de acordo com seu partido político, diz Ana Alaídes. Na época, ela diz que existia um Cras “fictício” que a antiga prefeitura fingia estar funcionando.
– O Ministério (do Desenvolvimento Social) já repassava dinheiro para o Cras, mas ele nunca tinha sido implantado. Quando a gestora ficava sabendo que ia ter visita do Sasc, mandava pintar a casa de um dia para o outro para fingir que estava funcionando– conta.

Os moradores de Assunção do Piauí dizem que a vida melhorou desde que têm o “cartão”, como se referem aos recursos que recebem pelo Bolsa Família. Mas ainda não fazem menção ao Brasil Sem Miséria, cujos benefícios ainda não conhecem.

Segundo Cezar Fortes, as primeiras ações a serem realizadas na cidade são a construção de cisternas para abastecer famílias com pouca oferta de água, a ser executada pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa); e um programa de alfabetização para jovens e adultos que será implantado nos 30 municípios piauienses com maior índice de analfabetismo, realizado pela Secretaria Estadual de Educação em parceria com as universidades federal e estadual do Piauí.






Promotora diz que Lindemberg é mentiroso e manipulador

promotora
A promotora Daniela Hashimoto disse que Lindemberg não matou Eloá no susto e que ele já entrou no apartamento da jovem com intenção de matá-la

A promotora Daniela Hashimoto fez seu pronunciamento aos jurados, no final da manhã desta quinta-feira, durante o quarto dia de julgamento de Lindemberg Alves, acusado de matar Eloá Pimentel. Em sua fala, ele disse que o réu odiava a a ex-namorada e que invadiu o apartamento em que ela morava com a intenção de matá-la.

– Eloá era apenas um objeto nas mãos de Lindemberg. Ele tinha ódio dela– disse a promotora, após distribuir cópias dos autos aos jurados. Ela disse ainda que o réu já sabia o que iria fazer no apartamento.
Em depoimento de mais de uma hora, a promotora deu detalhes da investigação do crime e também afirmou que o tiro que atingiu a amiga de Eloá, Nayara Rodrigues, foi desferido por Lindemberg.

– A perícia comprovou que a Nayara foi atingida por um projétil de calibre 32. Só o Lindemberg tinha essa arma no dia dos fatos– diz.

Segundo Daniela, Lindemberg teria tido tempo de se refugiar após a polícia ter explodido a porta do apartamento de Eloá e invadido o local e, só em seguida, ele teria atirado na vítima. Com isso, de acordo com a promotora, a afirmação feita pelo réu durante seu interrogatório na quarta-feira- de que atirou contra suaex-namorada sem pensar, é mentirosa.

Após a fala da promotoria, será a vez da advogada de defesa, Ana Lúcia Assad, que terá uma hora e meia para expor suas provas. Caso achem necessário, as duas partes terão uma réplica de uma hora antes do encerramento desta fase.

A expectativa é de que este seja o último dia do julgamento. Após o debate, os jurados serão reunidos para decidir se absolvem ou condenam Lindemberg pelos seus crimes. Na sequência, a juíza Milena Dias irá determinar a sentença.





Rosalba anuncia programa para erradicar a pobreza

Acompanhada do primeiro escalão, Rosalba sobe as escadas da Assembleia Legislativa e é recebida pelo deputado Ricardo Motta

Acompanhada do primeiro escalão, Rosalba sobe as escadas da Assembleia Legislativa e é recebida pelo deputado Ricardo Motta

Enquanto lança o que aponta para ser o principal programa social da gestão, o RN Maior, a governadora Rosalba Ciarlini mantém o discurso de pedir paciência aos servidores públicos que aguardam há mais de um ano pela implantação dos planos de cargos carreiras e salários de 14 categorias. Na leitura da mensagem anual no Legislativo estadual, a chefe do Executivo apresentou o RN Maior, embora ainda não detalhado, o programa traz uma meta arrojada: erradicar a pobreza extrema no Estado, situação onde estão 405 mil pessoas.

A governadora disse que sete secretarias serão envolvidas nessa ação, que será lançada oficialmente no início do mês de março, com a presença da ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campelo. Durante a leitura da mensagem anual aos deputados estaduais, a governadora voltou a focar nas críticas às gestões de Wilma de Faria e Iberê Ferreira. Admitiu que 2011 foi um "ano difícil" e disse ter feito o governo "possível".

Rosalba Ciarlini definiu 2012 como o ano da "arrancada" e destacou o RN Maior como uma espécie de "guarda-chuva" que irá amparar diversas ações voltadas para o social, como o saneamento básico e combate às drogas. Para essa atuação, ela batizou como "RN Vida" o projeto de combate as drogas e tratamento aos usuários.

No foco da saúde, a governadora anunciou que no  próximo mês inaugurará um hospital maternidade em Mossoró. Além disso, também destacou que na capital potiguar construirá um novo hospital, a ser instalado na zona Oeste.

Críticas ao passado

Embora diga que não usará o passado como "álibi', Rosalba Ciarlini dedicou parte do seu discurso de 19 páginas a falar ainda sobre como encontrou o Estado do Rio Grande do Norte. Ela destacou os R$ 800 milhões em dívidas deixadas pelas administrações passadas e disse que foi obrigada a destinar parte dos recursos para pagar os débitos. "Recursos que poderiam custear obras e programas sociais tiveram de ser utilizados na quitação desses débitos. foi doloroso, mas tinha de ser feito", disse.

Sobre a Copa do Mundo de 2014, Rosalba voltou a lembrar que quando chegou ao Estado encontrou a "Copa perdida", mas disse que ao final de 2012 50% das obras do estádio Arena das Dunas estarão concluídas. "Tudo conforme o cronograma entregue à Fifa. Com a Copa garantida, agora é hora de avançarmos nas obras de mobilidade e nas ações de saúde, segurança e estruturação turística", completou.

Em um discurso de ações administrativas, Rosalba Ciarlini lembrou que recebeu críticas com tom político e disse que essas se "ancoraram no ranço". "O nosso  governo não espera indulgência prévia nem teme o debate público; espera equilíbrio e objetividade na avaliação e serenidade no embate político", destacou.

Ela disse que nomeia o passado porque ele é "causa do desastre" e ressaltou que o primeiro ano de gestão foi "pisando em terreno minado, desarmando bombas de efeito retardado plantadas pelos arquitetos do caos fiscal".

Ainda no tom político, Rosalba fez elogios à presidente Dilma Rousseff e disse que com ela não teve dificuldade no trâmite das demandas. "Podemos testemunhar a inequívoca orientação da própria presidente Dilma para dar ao Rio Grande do Norte o tratamento dispensado a qualquer outra unidade da federação", completou.

Deputados divergem sobre  mensagem

Os deputados estaduais divergiram sobre a mensagem anual da governadora Rosalba Ciarlini, lida ontem no plenário do Legislativo. Enquanto os governistas enalteceram o tom de otimismo da chefe do Executivo, os oposicionistas avaliaram que o discurso "não teve conteúdo".

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Getúlio Rego (DEM), elogiou a mensagem e disse acreditar em um ano muito melhor para o Estado potiguar. "Ela (a governadora) sinalizou claramente para a retomada dos investimentos no Estado, afim de melhorar o serviço ofertado a população, principalmente nos setores mais estratégicos, como saúde, educação e segurança pública", disse. Ele ressaltou o anúncio da governadora investimentos para dinamizar a economia do Estado e gerar justiça social. "Estou otimista e acho que será um ano muito melhor do que 2011", completou.

Já a deputada estadual Márcia Maia (PSB) fez críticas duras à governadora Rosalba Ciarlini. "Foi uma mensagem muito superficial, sem conteúdo, poucas metas e elas (as metas) são de exclusividade do Governo Federal", disse a filha da ex-governadora Wilma de Faria

A parlamentar do PSB afirmou estar decepcionada: "esperava uma mensagem com mais conteúdo, principalmente diante do caos que estamos vivendo na segurança pública, educação e investimento no Rio Grande do Norte". Márcia Maia observou que esperava uma mensagem de otimismo "mas que tivesse conteúdo e políticas públicas capazes de fazer acontecer".

Bate-papo

Rosalba Ciarlini » governadora

Ao chegar para a sua leitura anual, a senhora se deparou com o protesto de servidores cobrando a implantação do Plano de Cargos Carreiras e Salários. O que a senhora tem a dizer para esses servidores?

Que a vontade de implantar é muito grande, nós precisamos é ter os meios, as condições. Claro, que se tivessem (os meios) já teriam sido implantados. Não foram implantados (os planos) porque não houve meios. Encontrei o Estado em situação financeira de muitas dificuldades. Estamos vendo isso com muita seriedade, mas com muita vontade de poder atender. Ano passado estive reunida com os sindicatos, queremos manter essa mesa de negociação, onde a própria governadora, com secretários e representantes do sindicato, estaremos de forma muito transparente mostrando a eles a evolução da receita. Temos que continuar no rumo certo de cumprir a lei de responsabilidade fiscal. A proporção que a receita for crescendo e a gente vá melhorando nosso potencial, aí poderemos avançar. Temos o compromisso já para julho da polícia militar. Não vou ficar prometendo nada de forma irresponsável. Irei dentro da realidade sentar com eles (os servidores). Tudo que for possível nós vamos fazer.

E sobre as gratificações? Seus auxiliares chegaram a anunciar que elas seriam retomadas em fevereiro. O que não ocorreu?

Está sendo analisado pela administração para ver como é possível retomar esse benefício aos servidores.

Quando a senhora anunciará o escolhido para ocupar a vaga do Tribunal de Contas do Estado?

Isso tem tempo.

Mas já faz cinco meses que o cargo está vago.

Não se apresse porque a criança nascerá.

Mas cinco meses já se passaram?

Mas são nove meses para uma criança.

Ficha Limpa deve mesmo ser aplicada em 2012

O voto da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber favorável à constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa praticamente definiu o placar do julgamento iniciado ontem e que deve ser concluído nesta quinta-feira. Rosa Weber se junta a pelo menos cinco ministros que em julgamentos anteriores já haviam se manifestado pela constitucionalidade da lei que veda a candidatura de políticos condenados por órgãos colegiados e daqueles que renunciam para fugir de processos de cassação. Com isso, a Lei da Ficha Limpa deverá ser aplicada nas eleições deste ano de forma integral, salvo alguma alteração pontual que pode ser feita até o final do julgamento. A votação foi interrompida ontem quando o placar estava 4 a 1, favorável a declarar a lei constitucional.

Recém empossada no STF, Rosa Weber afirmou em seu voto que a Lei da Ficha Limpa não viola o princípio da presunção de inocência ao tornar inelegíveis políticos condenados judicialmente por órgãos colegiados, como um tribunal de Justiça, mesmo que ainda caiba recurso dessa condenação. Em seu voto, a ministra afirmou que a presunção da inocência está vinculada ao direito penal. Impor restrições em caráter eleitoral a políticos condenados em segunda instância não configuraria violação ao princípio da inocência e garantiria a proteção da coletividade e do estado democrático de direito.

"A Lei da Ficha Limpa foi gestada no ventre moralizante da sociedade brasileira que está agora a exigir dos poderes instituídos um basta", afirmou a ministra em seu voto. O homem público, acrescentou, submete-se a regras mais severas do que o homem comum. "Entendo que esta Corte não deve ser insensível a essas aspirações populares", disse a ministra.

O voto de Rosa Weber vai ao encontro do que já manifestaram publicamente os ministros Luiz Fux, Joaquim Barbosa, Ricardo Lewandowski, Carlos Ayres Britto e Cármen Lúcia. O ministro Marco Aurélio, que votou em 2011 por adiar para as eleições deste ano a aplicação da Lei, deve se juntar a esses ministros.

O ministro Dias Toffoli, que havia pedido vista do julgamento no ano passado, julgou ser inconstitucional barrar a candidatura de políticos condenados em segunda instância, mesmo que ainda possam recorrer da condenação. No entanto, ele entendeu que é legítimo impedir a candidatura de políticos que renunciam para fugir da cassação.

Ao final do julgamento, os ministros podem reduzir os prazos previstos na lei para tornar um político inelegível. De acordo com o texto, o político se torna inelegível a partir da condenação em segunda instância, estendendo-se pelo prazo que for necessário até que seja condenado em última instância, somado o tempo em que estiver cumprindo a pena que foi imposta e mais oito anos a contar do fim do cumprimento dessa sanção.

Conforme os contrários à regra, esse dispositivo poderia tornar o político inelegível por mais de 50 anos. Fux sugeriu em seu voto, e essa proposta deverá ser discutida, que seja possível abater do prazo de inelegibilidade de oito anos o período decorrido entre a condenação por órgão colegiado e a decisão definitiva da Justiça.

Fonte:
www.tribunadonorte.com.br